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domingo, 7 de outubro de 2012

Phnom Penh

Phnom Penh foi pela primeira vez capital do Cambodja após Angkor Thom, no século XV, contudo após várias guerras e tentativas de invasão estrangeira foi abandonada, tendo voltado a ser a capital permanente do Cambodja desde 1865. Desde início do século XX que se tornou conhecida como a "Pérola da Ásia" o que lhe possibilitou um rápido e grande desenvolvimento sendo, actualmente, a maior cidade deste país e centro económico e industrial. Está situada nas margens do rio Mekong e do Tonlé Sap Lake.
É nesta cidade que podemos visitar o Royal Palace e a Silver Pagoda, sendo o primeiro um complexo com vários edificios entre os quais a residência oficial do rei.  A primeira imagem mostra o edifício do trono, "Throne Hall", hoje utilizado para cerimónias reais e religiosas. A segunda imagem mostra a Silver Pagoda, local onde estão protegidos alguns dos tesouros nacionais como estátuas do Buda e outras peças em metais e pedras preciosas. A terceira imagem corresponde ao túmulo do rei Norodom Suramarit, nascido nesta mesma cidade.
Este é um complexo muito bem cuidado e preservado, com jardins com plantas tropicais que vale bem a pena conhecer.


Visitei também o Museu Nacional, o maior museu do Cambodja, local onde se encontram diversas peças da arte antiga Khmer, que nos revelam a sua história, cultura, religião e arqueologia.

Seguidamente tomei contacto com os acontecimentos chocantes de um dos maiores massacres ocorridos na história mundial e que até é bem recente... um regime ditatrial que se intitulava de "Democracia Kampuchea". O Tuol Sleng Genocide Museum foi em tempos uma escola universitária que deu lugar a uma prisão de alta segurança 21 ou S-21, na altura do regime dos Khmers Vermelhos, quando estes ganharam a guerra civil em 1975 e prevaleceram até 1979. Nesta altura a população foi obrigada a deixar a cidade para ir viver para a periferia, em condições semelhantes à escravidão, enquanto neste edifício os muros foram forrados com arame farpado, as janelas tapadas e as salas de aula convertidas em apertadas prisões e salas de tortura onde a detenção, o interrogatório, a tortura e o assassíneo dos prisioneiros eram actividades diárias. Pal Pot foi um dos líderes deste regime e um dos mais famosos ditadores conhecidos na história mundial recente. Estima-se que cerca de 20 000 prisioneiros, acusados de espionagem contra o regime, tenham aqui estado em condições desumanas e, inevitavelmente, morrido. Foi em 1979 que o exército vietnamita descobriu este local de horror e conseguiu travar este regime sangrento. Desde então foi tornado museu de forma a que todo o mundo soubesse do que ali se passou e fosse exemplo do que nunca se deverá voltar a repetir. Percam um pouco de tempo e leiam o regulamento de segurança que consta na quarta fotografia e vão perceber quanto brutal era este regime...



Fiquei hospedada no Cardamom Hotel, um hotel muito bem localizado no centro da capital e classificado com de 3*, embora com um atendimento e uma qualidade hoteleira comparável, no nosso país, aos hotéis de 4 estrelas.

Ao contrário da periferia de Siem Reap, em Phnom Penh encontramos uma cidade com boas condições sanitárias, grandes prédios e hotéis e um crescimento económico notório. Muito mais havia para ver nesta cidade.  Exemplos fáceis e que tenho muita pena é de não ter conseguido visitar o Wat Phnom, o templo que deu nome a esta cidade ou o Mercado Russo, um mercado enorme e de referência no país onde, com grande oferta comercial.  Mas o tempo não deu para tudo e a estadia foi, de facto, curta. Mas é por isto e por tudo o que descrevi e vivi nesta viagem que me leva a dizer que gostaria bastante de regressar ao Cambodja... quem sabe um dia mais tarde!

2 comentários:

  1. Eu estive lá e é deveras espectacular inclusivamente "o outro lado" (milhões, sim milhões de motas a circular num trânsito caótico, onde acomselham a acenar com um saco plástico ao alto para atravessar já que passadeiras é para esquecer, ou ainda o "mito urbano" de que polícia só existe até ás 17:00 horas,etc, etc).
    Aconselho vivamente.

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  2. É verdade PagSLB, também ouvi falar desse mito urbano!! Em caso de haver algum acidente a partir das 17h não há policia por isso os sinistrados têm de resolver a situação sozinhos!
    Passadeiras, pelos sítios onde passei no continente asiático, são a mesma coisa que nada e os condutores não respeitam a passagem dos peões p/isso todo o cuidado é pouco... a ideia do saco de plástico é óptima lol!
    É engraçado cruzar estas histórias :) obrigada pelo contributo viajante e boas viagens!

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