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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Cairo

Apesar do Cairo ser a única cidade africana servida por uma rede subterrânea de metropolitano, o trânsito é caótico, onde de 3 faixas os condutores fazem 5 ou 6, incluindo passagem de camelos e cavalos. O ruído ininterrupto das buzinas dos condutores simplesmente porque sim (!), a construção de prédios inacabáveis, já que, quando há um casamento, para o casal é construído um novo "último" andar por cima da casa dos pais do noivo, o recitar das suras do Alcorão pelos altifalantes das ruas da cidade, a preocupação diária com os diferentes momentos de reza, a zona romântica da ponte sobre o rio Nilo que atravessa a cidade, a vida nocturna de uma cidade que parece não dormir e a sua vista panorâmica... são aspectos que tornam este país singular!


Como "amiga da cultura" o percurso pelo Cairo começou pelas enormes Pirâmides de Gizé. Fiquei surpresa com a proximidade da cidade do Cairo. O próprio hotel onde fiquei hospedada (Sofitel Le Sphinx) tinha vista directa para este ícone arquitectónico, que embora retirado da lista das 7 Maravilhas do Mundo, em 2007, para mim não deixam de ter um valor histórico e uma beleza inigualáveis! São três as pirâmides - Kheops (a maior com 146,6mt de altura), Kephren e Mykerinos - e constituem o mais antigo símbolo do mundo antigo. São guardadas pela não menos emblemática Esfínge com corpo de leão e cabeça humana (de Faraó). Esta é uma das maiores estátuas conhecidas, esculpida numa única pedra com 57mt comprimento, 6mt de largura e 20mt altura.






É obrigatório visitar o Museu do Cairo situado na praça Tahrir, com as galerias dedicadas ao Faraó Tutankhámon. Aquando da minha visita estava em início de construção um novo Museu, maior e mais moderno junto à zona de Gizé, perto das Pirâmides, que segundo me foi contado iria voltar a reunir peças milenares oriundas do egípto e que actualmente se encontravem dispersas pelo mundo em vários museus como por exemplo o Louvre. 
  

É também imperdível passar pelo Mercado Khan al-Khalili composto por múltiplos bazares de sedas e especiarias, restaurantes e cafés, sendo o mais conhecido destes últimos o El Fishawy, visitado por muitos famosos, onde se pode beber um bom chá e fumar chicha, costume tipicamente egípcio. Contudo, este mercado tem uma organização quase labiríntica pelo que é preciso ter algum sentido de orientação assim como muito cuidado com os pertences para não serem roubados. 


 


A estátua de Ramsés II, o "Grande", um verdadeiro colosso, encontra-se em Memphis, antiga capital do Egipto. O seu reinado foi considerado como o mais prestigioso da história do país. Tem cerca de 13mt de comprimento e pesa aproximadamente 120toneladas! Sentimo-nos realmente muito pequenos!








Em Sakkara, antiga necrópole de Memphis, foram encontrados diversos túmulos de grandes dimensões. Aqui o mais conhecido complexo funerário é o de Djoser, antigo rei egípcio, constituído por uma pirâmide escalonada, tida como a primeira tentativa de construir uma verdadeira pirâmide. Tal foi levado a cabo pelo arquitecto, engenheiro e médico Imhotep, que serviu este rei. A si era reconhecido vasto conhecimento em diversas áreas e a si foi atribuído um status divino após a sua morte, situação rara de acontecer a um plebeu.




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