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domingo, 12 de agosto de 2012

Planear uma viagem - Parte 4

Depois da escolha do destino, da reserva dos voos e do alojamento faltam ainda alguns detalhes importantes antes de partir para a viagem em si!

- Identificação Pessoal: para os países da União Europeia basta levarem o Bilhete de Identidade ou Cartão de Cidadão dentro da validade; para países fora da União Europeia é obrigatório ter Passaporte com um mínimo de 6 meses de validade;

- Visto: é o documento que concede permissão para a nossa entrada num determinado país e com uma determinada finalidade (em caso de viagem de lazer será um visto de turista, mas existem muitos outros tipos). Em caso de viajarem por agência, é comum ser a própria a tratar deste assunto mas questionem à mesma. Caso vão à "aventura" informem-se no respectivo Posto Consular (na Embaixada) ou no site do país de destino (caso exista), se é requerido este tipo de documento e de que forma o poderão obter. Normalmente o visto é carimbado ou anexado ao passaporte, à chegada ao destino, e deve acompanhar o viajante ao longo de toda a viagem. Muito importante mesmo é não perder, pois também têm de o apresentar à partida, no aeroporto, ou correm o risco de não embarcar! Muitas vezes, durante a viagem de avião, os hospedeiros de bordo distribuem os vistos para que os passageiros possam ir preenchendo de forma a agilizar a entrada no país de destino, quando chegam ao aeroporto e têm que passar pelo serviço de estrangeiros e fronteiras. Actualmente, o Portal das Comunidades Portuguesas tem um site dirigido exclusivamente a vistos e onde podemos consultar informações diversas nesse âmbito, respectiva legislação e fazer o pedido de emissão de visto. Consultem o site através de http://www.secomunidades.pt/web/guest/viajantes

- Taxas de entrada e/ou saída: existem vários países que exigem o pagamento de uma ou de ambas estas taxas, aquando da chegada e/ou partida no aeroporto;

- Cuidados de Saúde: quando viajam para fora da Europa torna-se importante marcar uma consulta do viajante, pois nesta podem adquirir informações acerca dos principais cuidados de saúde a ter no destino (alimentação, higiene), assim como se há necessidade de realizar alguma vacinação ou tomar medicação oral, consoante o risco de exposição a microorganismos patogénicos. No site do Ministério da Saúde encontram informações úteis no Portal da Saúde, sobre esta Consulta, e podem consultar onde a mesma é realizada, a nível nacional. Dentro da União Europeia, os beneficiários de um sistema de segurança social podem adquirir o Cartão Europeu de Seguro de Doença que possibilita o acesso equitativo a cuidados de saúde públicos (hospitais, centros de saúde, farmácias) que os cidadãos locais detêm. É um cartão que não tem encargos de emissão e tem uma validade de 3 anos, podendo sempre ser renovado posteriormente. Pode ser pedido através da Segurança Social ou do respectivo Subsistema de Saúde (incluindo Lojas do Cidadão), presencialmente ou pela Internet.  Podem também contratar um seguro de saúde, em qualquer seguradora, específico para o tempo da vossa viagem (caso já tenham um seguro de saúde averiguem se o mesmo tem cobertura internacional e quais as condições). Não se esqueçam que o acesso a cuidados de saúde não é igual em todos os países do mundo e as condições de prestação de cuidados também varia muito... mais vale prevenir que remediar! Atenção também que para quem pratica determinados desportos, como por exemplo, desportos naúticos ou ski, existem cláusulas específicas para cobrir estes incidentes;

- Câmbio de moeda: múltiplas são as opiniões acerca deste tema. Se há quem ache que é sempre melhor trocar dinheiro no destino, há também quem nunca viaje sem algum dinheiro já trocado. Eu pessoalmente troco sempre uma pequena quantidade de euros pela moeda do local de destino, nem que seja para o pagamento dos vistos, de taxas de entrada, de algum "sinal" que tenha de deixar à chegada ao hotel, para pagar algum transporte ou qualquer outra situação imprevisível que possa acontecer. Depois no destino faço uma pesquisa de locais de câmbio e respectivas taxas de conversão. Pela minha experiência parece-me que os aeroportos têm taxas sempre mais elevadas do que as praticadas fora. Para quem não goste de viajar com muito dinheiro, também há sempre a possibilidade de pagar com cartão de crédito ou levantar dinheiro nas caixas de multibanco no destino, contudo atenção às taxas aplicadas (informem-se junto do vosso banco). Alguns destinos possibilitam aos turistas utilizar uma moeda diferente da moeda local, normalmente com maior valor (claro!) que a sua. Por exemplo, no Cambodja a moeda local é o "Riel" mas os locais até preferem o pagamento com "dólares americanos" o que por um lado facilita aos turistas o processo de câmbio da moeda mas por outro encarece o valor dos produtos...;

- averiguar quais as exigências da transportadora aérea no que se relaciona com as dimensões e/ou peso das bagagens de mão e de porão. Dada a ameaça com explosivos líquidos, atenção ao transporte de conteúdos líquidos na bagagem de mão, que não pode exceder os 100ml, caso contrário têm de deixar estes produtos em terra. Com o peso também não vale a pena arriscar, as companhias aéreas são muito exigentes com estas regras e cobram a "peso de ouro" cada kg a mais que a vossa bagagem tiver...

- pesquisar a voltagem eléctrica do destino para onde vão viajar. Sim, porque se as máquinas de fotografar e filmar e telemóveis são indispensáveis de estarem sempre a uso, há que saber se é necessário adquirir um adaptador (existem mesmo adaptadores universais que não ocupam praticamente espaço nenhum na bagagem e é sempre bom ir prevenido), que se coloca directamente na tomada e liga-se a estes equipamentos. Caso se esqueçam deste acessório, normalmente os hotéis podem dispensá-lo, cobrando uma taxa de venda ou de aluguer do mesmo;

- levar convosco um livro sobre o vosso destino! Garanto-vos que este é uma ajuda fundamental para melhor conhecer o local para onde viajam. Normalmente compro os livros da colecção da "American Express" quando viajo especificamente para uma cidade. Com versão escrita em português, têm uma boa ilustração e leitura fácil e podem ser adquiridos em qualquer livraria e mesmo nos nossos hipermercados. Quando o destino é um país por vezes prefiro adquirir os livros da colecção "LonelyPlanet". Embora esta colecção não tenha versão em português e a ilustração seja menor, são facilmente compreensíveis e têm dicas óptimas e "tops" com a selecção do que é realmente obrigatório de visitar e conhecer no respectivo destino. Digo-vos que estas informações são 100% fiáveis (atenção à data de edição do livro)! Estes também podem ser adquiridos na maior parte das livrarias mas também podem encomendá-los através do site www.amazon.com já que normalmente ficam mais baratos.
Boa viagem :)

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